A Seleção Brasileira não perdia tantas vezes em um único ano desde 2001. Naquela oportunidade foram oito derrotas, contra cinco em 2023. Mas 22 anos atrás o Brasil jogou bem mais vezes: 20, contra nove nesta temporada.
O pós Copa do Mundo do Catar de 2022, que teve a Seleção eliminada nas quartas de final para a Croácia, viu o fim da era Tite, que após seis anos e dois Mundiais encerrou seu vínculo. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, colocou como interino para comandar o Brasil no primeiro semestre Ramon Menezes, treinador das seleções de base, enquanto buscava o sucessor de Tite. Não deu certo.
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Em março, o Brasil perdeu para Marrocos, semifinalista no Catar, por 2 a 1. Em junho, bateu Guiné por 4 a 1 jogando todo de preto, em campanha contra o racismo, mas depois levou 4 a 2 de Senegal. Nesse meio tempo, Ednaldo vazou à imprensa que negociava com Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, para que ele assumisse em junho de 2024.
Era Diniz
Neymar em comemoração pelo gol marcado para a Seleção Brasileira na vitória por 5 a 1 contra a Bolívia no Mangueirão, no Pará, no dia 8 de setembro, pela 1ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo 2026. Os gols do Brasil foram marcados por Rodrygo (2x), Raphinha e Neymar (2x), Victor Ábrego fez o da Bolívia. O duelo marcou a estreia de Fernando Diniz no comando da Amarelinha.
Crédito: Pedro Vilela/Getty Images
Jogadores comemoram gol de Marquinhos, que garantiu a vitória do Brasil contra o Peru por 1 a 0 no Estádio Monumental de Lima, no dia 12 de setembro, em jogo válido pela 2ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026.
Crédito: Vitor Silva/CBF
Neymar tenta drible em empate em 1 a 1 entre Brasil e Venezuela na Arena Pantanal, em Cuiabá, no dia 12 de outubro, em jogo válido pela 3ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026. Gabriel Magalhães abriu o placar para a Seleção Brasileira, e Eduard Bello empatou no final da partida.
Crédito: Vitor Silva/CBF
Neymar faz expressão de dor após sofrer grave lesão na derrota da Seleção Brasileira por 2 a 0 contra o Uruguai no Estádio Centenario, em Montevideu, no dia 17 de outubro, em jogo válido pela 4ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026. Os gols foram marcados por Darwin Núñez e Nicolás de la Cruz.
Crédito: Guillermo Legaria/Getty Images
Colômbia 2 x 1 Brasil: Diniz mexeu no time, perdeu Vini Jr para uma lesão, mas não conseguiu impedir a virada colombina nas Eliminatórias Sul-americanas,
Crédito: Flcker/CBF
Jogo marcado por muita confusão antes da bola rolar, a Argentina vence o Brasil no Maracanã com o gol de cabeça do Otamendi e marcou a primeira derrota em casa nas eliminatórias do Brasil
Crédito: AFA/reprodução
Como Ramon não poderia ficar como interino até lá, a CBF acertou com Fernando Diniz um acordo até meados de 2024, mas com um detalhe: ele continuaria com seu trabalho no Fluminense. Na Seleção não deu certo.
Diniz até começou vencendo pelas Eliminatórias, com um 5 a 1 diante da Bolívia, em Belém, e 1 a 0 sobre o Peru, em Lima. Mas o trabalho depois desandou, apesar do apoio dos atletas. Eles admitiram alguma dificuldade em assimilar em poucos dias de treino o estilo do treinador, mas elogiaram o trabalho.
O empate por 1 a 1 em Cuiabá contra a Venezuela escancarou os problemas. Depois foram três derrotas seguidas: 2 a 0 para o Uruguai e 2 a 1 para a Colômbia, ambos fora de casa, e 1 a 0 no clássico com a Argentina, no Maracanã, na primeira derrota do Brasil em casa na história das Eliminatórias.
O Brasil vai para 2024 na sexta colocação das Eliminatórias, com apenas sete pontos. Como a Copa de 2026 terá 48 participantes, essa posição classificaria diretamente ao Mundial. Mas é o limite, pois o sétimo jogará uma repescagem mundial em março de 2026.
Em 7 de dezembro, Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF por decisão judicial e uma eleição deve ocorrer até 25 de janeiro de 2024. Na semana passada, Ancelotti anunciou a renovação com o Real Madrid até 2026, ou seja, não vai assumir a Seleção. O novo presidente terá que decidir se mantém Diniz ou procura um novo comandante.
Relembre a temporada da Seleção Brasileira
Marrocos 2 x 1 Brasil (25/3) – Ramon Menezes
Brasil 4 x 1 Guiné (17/6) – Ramon Menezes
Brasil 2 x 4 Senegal (20/6) – Ramon Menezes
Brasil 5 x 1 Bolívia (8/9) – Fernando Diniz
Peru 0 x 1 Brasil (12/9) – Fernando Diniz
Brasil 1 x 1 Venezuela (12/10) – Fernando Diniz
Uruguai 2 x 0 Brasil (17/10) – Fernando Diniz
Colômbia 2 x 1 Brasil (16/11) – Fernando Diniz
Brasil 0 x 1 Argentina (21/11) – Fernando Diniz
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Seleção Brasileira termina 2023 com mais derrotas do que vitórias no site CNN Brasil.